Cabo HDMI qual o melhor? Veja as dicas para escolher!
Entenda as diferenças para escolher o cabo HDMI ideal para você
O HDMI (sigla para High-Definition Multimedia Interface, ou Interface Multimídia de Alta Definição, em tradução livre) é hoje o padrão mais conhecido e utilizado para transmitir mídia de um reprodutor para uma tela.
Os consoles mais modernos, como o Xbox One e o PlayStation 4, usam HDMI para transmitir a imagem e o som dos jogos em alta definição para a TV. O mesmo acontece com Blu-ray players e até com reprodutores de mídia como o Chromecast, do Google.
Às vezes, porém, acontece um "choque de geração" entre os produtos numa casa, forçando o usuário a comprar um cabo HDMI independente para conectar seus dispositivos. Mas qual cabo é o "certo"? E como saber qual é o melhor? Aqui estão algumas dicas.
Como Surgiu
O padrão HDMI surgiu em 2002, exatos 15 anos atrás. De lá para cá, a tecnologia avançou e muita coisa mudou, o que justifica a numeração colocada logo após a sigla. A versão de 2002 ficou conhecida como o HDMI 1.0, seguido, naturalmente, pelo 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 e, mais recentemente, pelo 2.0.
Resumo da ópera: é claro que quanto maior o número, mais moderno é o padrão de conexão, e, consequentemente, melhor é a transmissão dos dados. Mas o assunto não morre aqui. A diferença entre as gerações pode ser definida por vários fatores técnicos um pouco mais complicados do que isso.
O HDMI 1.0 era capaz de transmitir até 4,9 gigabits por segundo, com suporte a resoluções de 1080p e em larguras de banda de 60 hertz, além de transmitir áudio por até oito canais a 192 kilohertz. Ou seja, o mínimo necessário para reproduzir DVDs em alta definição.
Logo após um pequeno update (a versão 1.1, que adiciona suporte a DVD Audio), a primeira grande atualização do formato chegou em 2005 com o HDMI 1.2, que finalmente trazia suporte à conexão entre telas independentes (monitores ou TVs) e computadores (desktops ou laptops).
Um rápido salto no tempo e chegamos aos dois padrões mais famosos hoje em dia: o HDMI 1.4 e o HDMI 2.0. O primeiro foi lançado em 2009, por isso já vem desaparecendo do mercado pouco a pouco - embora algumas pessoas ainda tenham dispositivos com esse padrão em suas casas, especialmente se eles tiverem mais de quatro anos.
O segundo chegou em 2013 e representou um verdadeiro salto para essa tecnologia. Enquanto o HDMI 1.4 trouxe suporte a resoluções de 4.096 por 2.160 pixels (ou seja, 4K), foi só o HDMI 2.0 que passou a aceitar essa resolução em até 60 quadros por segundo, ideal para transmissões excelentes de esportes ou games de última geração.
A taxa de transferência também aumentou, de 10,2 Gbps na versão 1.4 para 18 Gbps na versão 2.0. O áudio, por sua vez, ganhou um upgrade considerável, após alguns anos congelado, agora aprimorado a até 32 canais de 1536 kHz.
Tudo isso sem falar nas mudanças que estão por vir com o HDMI 2.1, preparado para ser lançado ainda em 2017. O novo padrão promete suporte a resoluções acima de "8K", além de taxas de quadros a 120 Hertz. As novidades são empolgantes, mas fica a dúvida: essas diferenças são perceptíveis? É disso que vamos falar a seguir.
Compatibilidade
Para perceber a diferença entre o HDMI 1.4 e o HDMI 2.0, você precisa de equipamentos capazes de ir até o limite dessas tecnologias. Portanto, não adianta comprar uma versão mais nova para ver filmes em 4K se a sua TV é Full HD, por exemplo.
Por isso, faz mais sentido que você avalie bem quais dispositivos vão ser usados no cabo que você quer comprar antes de investir seu dinheiro. Muitas vezes, um cabo 1.4 (ou mesmo um 1.3, ainda vendido por um preço mais baixo no Brasil) pode ser mais vantajoso do que um 2.0.
Do mesmo modo, não adianta ficar empolgado ao comprar uma TV com suporte a HDMI 2.0 se nada do que você vai usar nela é compatível com esse padrão. Muitas fabricantes gostam de inflar o marketing de seus produtos apostando em adesivos que destacam o "HDMI 2.0", ainda que ele não seja tão útil para muitas pessoas, pelo menos por enquanto.
O mais caro ou o mais barato?
Na hora de comprar um cabo HDMI muitos usuários ficam em dúvida se levam o mais barato ou se vale mais a pena investir e comprar um com preço mais levado - normalmente entre os melhores.
Diversos testes já foram realizados pelas mais variadas empresas, na tentativa de descobrir qual é, de fato, o melhor HDMI presente no mercado. Se não em todos, na grande maioria dos resultados apresentados, a conclusão é a mesma: para pequenas distâncias – de dois a dez metros – não há diferenças notáveis entre os cabos mais baratos e os caros.
Pensando em como os cabos HDMI funcionam, os resultados fazem todo o sentido. Este tipo de cabo foi criado para a transmissão de sinal digital, ou seja, os dados que passam por eles são binários (valores 0s e 1s).
Isto significa que: se o ruído – interferência – for aceitável, os dados são enviados pelo cabo, do contrário são perdidos. Quando se trata de imagem digital não existe o meio do caminho, ou você tem os bits transformados em imagem, ou não tem.
Então o que justifica a compra dos cabos mais caros?
Os cabos de valor mais elevado são, em sua maioria, feitos com material de primeira qualidade e isto garante que a vida útil deles seja maior do que a dos condutores mais baratos. Além disso, a qualidade superior do material também ajuda a diminuir a interferência no cabo, aumentando a probabilidade de que todos os bits sejam transmitidos e, consequentemente, de que não haja perda de imagem.
O problema da distância
O número de defensores dos cabos HDMI mais baratos cai razoavelmente quando o assunto é transmissão de dados a distâncias superiores a quinze ou vinte metros. Quanto mais longo for o cabo, maior é a interferência sofrida e é nesta hora que muitas marcas acabam ficando para trás.
Outro detalhe importante é o comprimento do cabo. Quanto mais longo, maior a chance de haver interferência na transmissão dos dados. Sendo assim, por mais que um cabo de cinco metros vendido em um centro de comércio popular pareça perfeito para ligar o PC no quarto à TV na sala, tenha em mente que a performance desse produto certamente terá atrasos ou perdas de qualidade que você não experimentaria num cabo de dois metros, por exemplo.
No fim das contas, vale a pena considerar as especificações do cabo que você quer antes de comprá-lo. Nem sempre o produto mais moderno, mais caro e mais longo é o melhor para as suas necessidades. Avalie o equipamento com o qual o cabo será usado e leia com atenção as especificações na embalagem. Pesquisar continua sendo a melhor maneira de fazer uma compra consciente.
A ocorrência de perda de sinal é maior em cabos longos e, quanto maior o comprimento, maiores são as chances de o sinal não chegar à outra ponta. Para usuários comuns, isto não representa grandes problemas, pois a maioria instala os aparelhos eletrônicos a uma distância pequena.
Na verdade, as dores de cabeça ficaram para aquelas pessoas que trabalham com eventos e muitas vezes precisam puxar cabos por longas distâncias a fim de conectar dois aparelhos. No caso do HDMI, isto pode significar um problema dos grandes.
Outros detalhes
No momento de ir ao mercado, você verá que o preço dos cabos HDMI pode mudar muito de acordo com a fabricante, muitas vezes até entre produtos da mesma geração. Entre um HDMI 2.0 de R$ 20 e um outro, também 2.0 e aparentemente igual, mas de R$ 30, qual a diferença?
A resposta, geralmente, está na construção do cabo. É importante avaliar os materiais utilizados no produto. Materiais melhores não garantem a transmissão melhor dos dados, mas certamente garantem maior resistência e durabilidade.
Portanto, ainda que os dois modelos tenham desempenho semelhante, o mais caro, se for feito com materiais melhores, vai durar mais tempo. Normalmente, as fabricantes apostam em cabos com fios de ouro ou níquel. O ouro é mais resistente a corrosão, ideal para ambientes não climatizados, por isso é também mais caro. Para a grande maioria dos usuários, porém, o níquel não deixa a desejar.
Cabos de rede são a solução
A solução encontrada para este impasse dos cabos HDMI com a distância foi utilizar cabos de rede no meio do caminho. Não, eu não escrevi errado, é isto mesmo que vocês leram: cabos de rede começaram a ser usados para transmitir dados provindos de uma conexão HDMI.
Isto só foi possível com o surgimento dos conversores HDMI/CAT5, os quais tornam possível a transmissão de dados dos cabos HDMI por meio dos cabos de rede (CAT5). O procedimento para esta façanha é bem simples.
O primeiro passo é conectar o aparelho HDMI (player de DVD, Blu-Ray, computador) a um conversor do tipo HDMI/CAT5, utilizando um cabo com não mais de dois metros, o que garante a qualidade do sinal que chega até o aparelho de conversão. O mesmo deve ser feito com o aparelho que ficará na outra extremidade. Para ligar os dois conversores, basta utilizar um cabo de rede comum, daqueles azuis que você encontra em qualquer loja de informática.
Com isto é possível a transmissão de dados por longas distâncias sem que haja a perda de tantos bits, como aconteceria se fosse feito somente com o cabo HDMI.
CONCLUSÃO
Depois de tudo o que foi exposto acima, a conclusão à qual se pode chegar é: vale a pena investir em cabos HDMI mais caros nos casos em que a distância entre os aparelhos fique entre quinze e vinte metros. Para distâncias maiores, o melhor a fazer é utilizar o cabo de rede, como descrito acima, pois a interferência começa a ser maior e as chances do sinal não chegar à outra extremidade do cabo é maior.
Para conectar aparelhos que se encontram mais próximos não há necessidade de comprar cabos HDMI dos mais caros, pois não há diferença no resultado final da imagem.
Depois de tudo o que foi exposto acima, a conclusão à qual se pode chegar é: vale a pena investir em cabos HDMI mais caros nos casos em que a distância entre os aparelhos fique entre quinze e vinte metros. Para distâncias maiores, o melhor a fazer é utilizar o cabo de rede, como descrito acima, pois a interferência começa a ser maior e as chances do sinal não chegar à outra extremidade do cabo é maior.
Para conectar aparelhos que se encontram mais próximos não há necessidade de comprar cabos HDMI dos mais caros, pois não há diferença no resultado final da imagem.
Saiba mais
Já que o assunto é cabos HDMI, que tal você ficar mais por dentro desta tecnologia?
As velocidades
Além de toda a inovação em qualidade de transmissão, os cabos HDMI também permitiam a troca de dados a uma velocidade superior daquelas existentes quando em seu lançamento, no ano de 2003. A primeira versão do HDMI, a 1.1, permitia a transmissão de dados a uma taxa de 4,95 Gbps (Gigabites por segundo).
Esta velocidade foi melhorada apenas dois anos mais tarde, quando surgiram os cabos HDMI 1.3, com surpreendentes 10,2 Gbps de velocidade para a transmissão de imagem. Espera-se que a próxima geração de cabos HDMI consiga chegar à velocidade de 14,93 Gbps, mas estes novos conectores ainda estão em fase de estudo.
1.2, 1.3... o que muda de uma versão para outra?
A primeira versão do HDMI, a 1.1, trouxe consigo a inovação na transmissão de áudio e vídeo e ainda oito canais de áudio para impressionar os usuários. Depois disso, a versão seguinte que traz maiores inovações é a 1.3, que passa a suportar frequências até 340 Mhz. Além disso, novos aparelhos também passaram a adotar o padrão HDMI, como câmeras de vídeo portáteis, eliminando problemas de sincronismo entre áudio e vídeo.
Se você ficou curioso quanto ao uso do HDMI e de como ele funciona, não deixe de conferir o artigo “O que é HDMI?”. Nele você encontra muito mais informações e detalhes sobre esta tecnologia inovadora.
Mesmo que todos os testes realizados tenham dado o mesmo resultado, isto não significa que é uma verdade absoluta e inquestionável. A decisão em usar um cabo HDMI mais barato ou mais caro depende não apenas no poder aquisitivo da pessoa que está adquirindo como também das condições em que os aparelhos estão dispostos.
O fato de comprar um cabo HDMI dos mais caros também não dá a garantia de que tudo irá funcionar em absoluta perfeição. O uso dos conversores HDMI/CAT5 também pode trazer vários problemas pela má qualidade do aparelho ou do cabo de rede utilizados.
Por isso, caro usuário, não tome o que foi escrito acima como verdade absoluta. Caso tenha ocorrido com você uma situação diferente das descritas neste artigo, como a compra de cabos mais caros e problemas com eles em distâncias menores, não deixe de comentar. Compartilhar conhecimento e experiências é também uma forma de aprender!







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